sexta-feira, 10 de julho de 2015

MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA - TESTEMUNHEM !!!

   O ano é indefinido, a água é um item raro, plantações são história, todos querem te matar e a única coisa que se vê é um deserto interminável. Sim, estou falando de “MAD MAX” a série que nos anos oitenta me apresentou o que é uma distopia e que, tal qual nos momentos derradeiros do Imortal Joe ,me arrancou um sorriso da cara ao me entregar seu mais novo capítulo, “MAD MAX : estrada da fúria “ !
   O filme segue a História de Max Rockatansky (Tom Hardy), apresentada ao publico no clássico cult de 1979, um policial , em um futuro de data não revelada, perito em perseguições automobilísticas e que combate o crime em uma terra em crise e assolada por gangues motorizadas e que vai piorando conforme a série segue, apresentando escassez de água e combustível e o retorno da civilização à comunidade tribal e selvageria . No entanto, nesse novo capítulo nos são dadas algumas informações novas, como o fato de o mundo ter sofrido uma guerra termonuclear , que envenenou o solo e a grande parte das fontes de água doce. É nesse mundo desolado que encontramos Max fazendo o que ele diz na introdução como o que o define “fugindo dos vivos e dos mortos”, mas essa fuga não vai longe, em minutos o protagonista se vê perseguido por um grupo e é capturado, somos assim apresentados a trama do filme e a sua mitologia .
   A razão que move o filme é bem simples. Max é capturado e levado para a cidadela para servir de “bolsa de sangue” (sim! tipo uma bolsa de sangue viva para transfusão); A cidadela é um lugar onde existe água em abundância no subsolo e que é liderada por Immortal joe, o vilão do filme e líder tribal que busca a continuidade de sua linha através de um filho perfeito (tendo em vista que todas pessoas estão doentes devida radiação), para tal, esse doce tirano possui em harém preso em um cofre em sua fortaleza a quem chama de “esposas”. A cidadela da água vive em simbiose com outras duas comunidades, a fazenda das balas e a cidade do combustível; em um belo dia de sol, Immortal joe manda uma de suas imperatrizes (o que parece ser um título para capitão), chamada Furiosa (Charlize Theron ) para buscar munição e combustível nessas duas cidades, sem saber que ela havia tramado com suas esposas para fugirem para o “ vale das muitas mães”, onde poderiam ser livres. Ao descobrir isso Imortal Joe parte com seu exército a caça de sua propriedade , incluindo nesse nosso herói Max, que vai como bolsa de sangue pendurado na frente de um carro de batalha, e, para o grupo de mulheres resta penas fugir e defender-se. 
    O filme é ação do inicio ao fim e mesmo nos momentos de diálogo prevalece a tensão dos personagens estarem sendo perseguidos por um exército. Mas o que eu gostei mesmo foi da mitologia que cerca o filme. Immortal joe dá aula de como manter uma sociedade em um mundo pós apocalíptico, gerindo os recursos e criando uma religião ele mantém a todos em sua mão. Nada disso é explicado no filme, esta e pode ser entendido, mas em nenhum minuto falam porque, e isso é bacana da parte do diretor. Quando somos apresentados a Immortal Joe, o vemos sendo preparado, sua armadura e respirador presos a seu corpo, o tornando um gigante com voz de trovão, ao que seus soldados louvam cruzando os dedos sobre a cabeça; seu discurso diz para que ninguém se torne viciado em água e após despejar uma torrente para o povo que cerca a cidadela, exalta a morte em campo de batalha a qual proporciona ao herói a ida ao Valhala, onde entrarão cromados e brilhantes e serão recebidos em um banquete sem fim repleto de ”Mac-almoço e aqua-cola”, hilário e brilhante (sem trocadilho); assim como, na primeira cena que vemos Max servir de bolsa de sangue para Nux (Nicholas Hoult ), um kami-crazy (mistura de Kamikase (piloto suicida japonês da 2° guerra e Crazy, maluco em inglês) que são uma especie de soldados fanáticos do exército da cidadela e que quando descobrem a fuga de Furiosa correm para um altar de volantes, onde rezam antes de pegar cada um o seu, tal qual uma espada e partir para batalha na busca de uma morte gloriosa. Outro momento bacana e que não precisa explicar nada é quando lutando com um grupo rival um desses kami-crazy é acertado no rosto e no peito por flechas, pixa a boca de prata, pega duas lanças com granadas, grita “TESTEMUNHEM” e se atira contra o carro inimigo, ali a gente já percebe que o menos Mad é o Max!
   Outro ponto bacana é o disigner dos veículos e do ambiente. Uma coisa que marcou minha infância era o clima desértico e desesperador dos três filmes anteriores, com imagens que eu só encontraria na adolescência através da revista em quadrinhos Heavy Metal, que jogava o leitor em outro mundo sem dar explicação de nada e que nesse novo filme me trouxe essa sensação maravilhosa novamente. Para começar temos os carros, que são um amontoado de partes de carros que são identificáveis com muito esforço, lá no meio temos de desde fusquinhas turbinados à Deloreans armados até os dentes, muito foda!! O estilo dos personagens também me conquistou, Max continua com sua jaqueta de couro do tempo da polícia, mas temos Furiosa com sua protese mecânica que lhe dá um ar ainda mais de badass, os Kamicrazies magros, sem cor e sem vontade própria, Imortal Joe e sua armadura com carranca de caveira, além dos outros personagens Freaks, como o líder da cidade do combustível obeso mórbido vestido de terno e temos até uma ordenha de leite materno na cidadela, algo que é transportado como mercadoria de escambo (muito foda!)

   É um filmaço ! Ação do inicio ao fim, não é um filme de questionamentos profundo, mas não é raso e não é um filme desliga cérebro, só posso defini-lo como diversão pura, que não desrespeita a trilogia anterior e acrescenta muito caso venha uma nova, vale muito a pena ver, e se eu pudesse dizer apenas uma palavra sobre o filme, seria: TESTEMUNHEM !!! 

Ela roubou meu caminhão

Mais ou menos isso !!

Nenhum comentário:

Postar um comentário